sábado, 29 de novembro de 2014

Show de luzes inaugura 19ª edição da Árvore de Natal da Lagoa, no Rio

Káthia Mello / Do G1 Rio
Um show de luzes no 19º Natal da árvore da Lagoa (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Um show de luzes no 19º Natal da árvore da Lagoa (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
As luzes de 2014 iluminam os céus da Lagoa (Foto: Alexandre Durão/G1)
As luzes de 2014 iluminam os céus da Lagoa (Foto: Alexandre Durão/G1)
Com o tema "Um Natal de Luz", a  Árvore de Natal da Lagoa, na Zona Sul do Rio, foi inaugurada na noite deste sábado (29) pouco depois das 21h, após o show que contou com a participação do Coral da Fundação Bradesco, dos atores Cláudio Lins e Laila Garin, da cantora Simone, Família Lima e a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa.
Simone cantou "Aquarela do Brasil" ao lado dos mascotes das Olimíadas e Parolimpíadas. Cantou também "Ave Maria". Logo depois, a árvore foi acesa, junto com fogos de artifício.
O show de luzes emocionou o público que lotou o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas aproveitando o tempo bom e sem chuva. Este ano, a árvore apresenta quatro fases de iluminação. Começa com a luz das estrelas que remetem aos sonhos, passa para a luz do sol, para a luz do luar e termina com as luzes do Natal. A tradicional queima de fogos durou minutos.
Nesta 19ª edição, a árvore tem 85 metros (o equivalente a um edifício de 28 andares), 3,1 milhões de lâmpadas e 120 quilômetros de mangueiras luminosas, que ficarão baseados em 11 flutuadores. Ao todo, ela pesa 542 toneladas.Depois do réveillon e carnaval, a inauguração da Árvore de Natal da Lagoa é considerada  o terceiro maior evento do Rio. A festa teve transmissão on-line e tradução em mais de 30 idiomas.
A árvore ficará montada até o dia 6 de janeiro e a expectativa diária de visitação é de 80 mil pessoas por dia. A produção para o espetáculo de inauguração começou em setembro. A árvore também já faz parte do Guiness Book.
O público que chegou mais cedo conseguiu lugar em cadeiras perto do palco, mas muitas famílias optaram por estender cangas no gramado e se acomodar para fazer um pique-nique enquanto não chegava a hora da festa. O governador Luiz Fernando Pezão chegou por volta das 20h30 na companhia da mulher Maria Lúcia.Milhares de pessoas chegaram pelo menos duas horas antes ao Parque do Cantagalo, onde estava montado o palco, para apreciar o espetáculo.
A árvore ainda apagada contrasta com as cores do pôr do sol (Foto: Alexandre Durão/G1)
A árvore ainda apagada contrasta com as cores do pôr do sol (Foto: Alexandre Durão/G1)
O público com a árvore ainda apagada ao fundo (Foto: Káthia Mello/G1)
O público com a árvore ainda apagada ao fundo (Foto: Káthia Mello/G1)
O grupo veio da Zona Oeste para a festa da árvore de Natal (Foto: Káthia Mello/G1)
O grupo veio da Zona Oeste para a festa da árvore de Natal (Foto: Káthia Mello/G1)

Morte de peixes por poluição revolta moradores de Salto

Rio ficou tomado pelos peixes mortosReprodução/Youtube

A quantidade de peixes mortos pela manta de poluição, que na última quinta-feira, (27), escureceu as águas do Rio Tietê, em Salto, revoltou moradores e autoridades do município na manhã deste sábado (29), quando teve início a operação de retirada dos peixes no Córrego do Ajudante.
Na sexta-feira (28), a estimativa das autoridades era de que entre 300 e 400 quilos de peixes tivessem morrido, mas, ao chegar às margens do córrego na manhã deste sábado, as equipes da prefeitura se surpreenderam ao se deparar com milhares de peixes mortos.
Conforme desabafou o secretário do Meio Ambiente de Salto, João de Conti Neto, eram "toneladas e toneladas de peixes".
— Vamos ter de usar uma máquina retroescavadeira para retirar tantos peixes e usar um caminhão para transportá-los. É revoltante esta situação. Trata-se de um dano ambiental que não consigo mensurar acarretado para Salto. Mais uma vez, Salto paga pelos erros dos outros.
Época de piracema, os peixes, na maioria corimbas e bagres, subiam a correnteza quando se depararam com a manta poluidora — estimada pela SOS Mata Atlântica em 70 km de extensão. Para fugir, os cardumes entraram no Córrego do Ajudante, que é raso (cerca de 50 a 60 centímetros) e morreram asfixiados por falta de oxigênio.
A remoção dos peixes começou às 7 horas deste sábado, mas não tem prazo para terminar. Segundo Conti Neto ela deve continuar no domingo. O secretário disse que vai acionar o Ministério Público para que apure as responsabilidades pelo acidente ecológico.
Mas o problema, segundo ele, é que mais peixes deverão aparecer mortos em outros municípios, uma vez que a manta poluidora está descendo o rio em sentido ao Interior. A SOS Mata Atlântica já alertara na sexta-feira que o fenômeno, na verdade, era um "acidente de grandes proporções". De acordo com a coordenadora da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, a manta poluidora tem cerca de 70 km de extensão e deveria chegar ainda na sexta-feira ao reservatório de Barra Bonita, onde a carga tóxica se assentaria no fundo do rio.
Fonte: R7

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pai veste roupa de Homem-Aranha e surpreende filho com câncer terminal


Como presente de aniversário, o papai Mike Wilson se vestiu de super-herói para surpreender seu filho Jayden, de cinco anos. O garoto luta contra um tumor grave no cérebro e os médicos estimam que ele tenha apenas mais um ano de vida.

A visita emocionante do Homem-Aranha a Jayden foi gravada pelos pais e publicada no Youtube. É possível acompanhar a luta e ajudar Jayden através da página no Facebook, Hope For Jayden.

É impossível não se comover com a cena:
Do Yahoo Notícias

Paraplégico surpreende sua noiva ao armar esquema para dançar valsa em seu casamento


Reprodução/Daily Mail

Reprodução/Daily Mail

O ex-sargento Joey John, atualmente com 27 anos, sofreu um grave acidente de moto quatro meses após conhecer sua atual esposa, Michelle. Nele, ficou paraplégico, mas não desistiu do sonho de se casar. E, na cerimônia, surpreendeu a todos ao usar uma estrutura que o permitiu ficar de pé para dançar com a noiva.

O caso, que aconteceu em Fishers, Indiana, nos Estados Unidos, chamou a atenção de todos pela emoção envolvida na cena. Michelle, ao ver o noivo na estrutura, caiu em lágrimas antes mesmo da valsa. A reação foi a mesma de todos os convidados.

Pendurado na estrutura, Joey conseguiu dançar toda a valsa e realizar seu sonho e o de sua mulher. Segundo a noiva, essa "foi a melhor surpresa que Joey podia fazer, a prova definitiva de que aquele casamento era a decisão mais acertada".

Do Yahoo Notícias Brasil

Falta de higiene causa cerca de mil amputações de órgãos sexuais masculinos por ano no Brasil

Inacreditável quando se imagina que pelo menos mil homens perdem seu “melhor amigo pênis” todos os anos. Mais assustador ainda quando descobrimos que tais amputações acontecem porque os homens, em pleno século XXI, ainda não sabem ou não tem o hábito de lavar seus órgãos sexuais. A situação fica tão séria que muitos adquirem câncer no pênis que termina em procedimento cirúrgico de amputação do órgão. Realmente assustador!
Os homens não gostam muito de ir ao médico e eles parecem ter “pavor” dos urologistas que insistem no exame de diagnóstico de câncer de próstata, que, para os homens, funciona como uma violação da sexualidade. Enfim, o fato é que atualmente, enquanto 16 milhões de mulheres brasileiras vão ao ginecologista todos os anos, apenas dois milhões de homens buscam o urologista por ano e a maioria deles já apresentam algum problema e não buscam apenas prevenção. Com isso, é fácil acreditar que pelo menos mil homens tem seus pênis amputados por ano.
O câncer de pênis é considerado raro. Representa apenas 2% de todos os tipos de câncer no país estando ligado aos homens que têm mais de 40 anos, são de baixa renda e não passaram por circuncisão e ainda possuem má higiene íntima. Isso quer dizer que os casos de câncer de pênis que resultam em amputação acontecem principalmente por que muitos homens não lavam seus pênis corretamente, ou simplesmente, não lavam de jeito nenhum. As complicações surgem quando as feridas aparecem e o crescimento celular de células cancerosas começam a se reproduzir. Assim, a higiene íntima dos homens é indispensável para sua saúde.
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Mais assustador ainda quando descobrimos que tais amputações acontecem porque os homens,
em pleno século XXI, ainda não sabem ou não tem o hábito de lavar seus órgãos sexuais. Foto: 
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Como limpar o pênis todos os dias
  • Para evitar a acumulação de bactérias que geram mau cheiro, é fundamental saber lavar bem o órgão, por isso o primeiro a fazer quando estiver no banho é jogar para trás seu prepúcio e deixar a glande e o resto do pênis expostos.
  • Aplique um sabão suave, preferivelmente especial para a região íntima, e lave muito bem de cima para baixo, incluindo também a glande ou ponta do pênis. É importante retirar o prepúcio para limpar o pênis, pois dessa forma estará realmente higienizando unicamente a parte exterior do falo, mas no momento que tiver uma ereção e o prepúcio retroceder, descobrirá que seu pênis não está adequadamente limpo e que conta com uma espécie de substância branca que gera mau cheiro.
  • Quando tiver limpado bem o pênis e retirado o sabão, lembre-se também que deve limpar seus testículos, passando igualmente sabão pela zona e massageando suavemente para eliminar o mau cheiro produzido pela sudorese. Passe o sabão até a zona do reto e faça uma limpeza profunda, assim diminuirá a possibilidade de qualquer mau cheiro que seja um incômodo.
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    Os casos de câncer de pênis que resultam em amputação acontecem principalmente por que muitos
     homens não lavam seus pênis corretamente, ou simplesmente, não lavam de jeito nenhum. Foto: 
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Fonte: drauziovarella e relacoes via Diário de Biologia

Jovem de 25 anos perdeu todos os dentes por ingerir oito litros de Coca-Cola por dia

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Quando o jovem William Kennewell começou a ingerir refrigerantes de cola diariamente não imaginava o que poderia acontecer. O rapaz chegou a consumir oito litros em um único dia, bombardeando o organismo com doses exageradas de açúcar e também todos os outros ingredientes que compõe a fórmula destes refrigerantes. Tudo começou quando o rapaz passou a ter dificuldades em tomar água o que fez com que ele a substituísse por Coca-Cola.
William não perdeu os dentes de uma hora para outra. Seu dentista o advertiu diversas vezes o desgaste que seus dentes estavam sofrendo durante todos os anos que consumiu refrigerante de cola compulsivamente. Além da saúde bucal, o rapaz também apresentou alterações dos valores normais dos componentes sanguíneos devido a quantidade de açúcar consumida. Uma lata de refrigerante de cola tem em média 39g de açúcar e William ingeria nada mais nada menos que aproximadamente 1kg de açúcar só através das 25 latinhas de refrigerante diárias.
Os dentes de William perderam o esmalte com o tempo, se tornaram fracos e quebradiços. O resultado foi: ele teve que extrair todos os dentes da boca e substituir por próteses. O caso dele está sendo usado por dentistas do Centro Australiano de Investigação de Saúde Bucal para alertar as pessoas que insistem em consumir grandes doses de refrigerantes diariamente.
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Fonte: Diário de Biologia

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Campanha Novembro Azul



Novembro azul: campanha de conscientização sobre câncer de próstata tinge monumentos pelo país

Monumentos são iluminados de azul em apoio à campanha Novembro Azul para chamar a atenção dos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata (Valter Campanato/Agência Brasil)
Palácio Itamaraty, em Brasília, iluminado de azul em apoio à campanha Novembro Azul para chamar a atenção dos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata /Valter Campanato/Agência Brasil


Nesta segunda-feira, 3, quando as luzes do Congresso Nacional forem tomadas por uma iluminação azul, será dada a largada para a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, idealizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A ideia do Novembro Azul é desmistificar a doença, que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), acomete um a cada seis homens no Brasil. As estimativas mostram que 69 mil novos casos deverão ser diagnosticados somente em 2014 no país, um a cada 7,6 minutos. E o pior é que cerca de 13 mil brasileiros vão morrer em decorrência da doença, o que significa um óbito a cada 40 minutos. 


Depois do aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em fase avançada. Daí a importância da realização do exame regular através do toque retal e do PSA, orienta o presidente da SBU, Carlos Corradi Fonseca. De acordo com ele, o câncer de próstata rouba do homem 7,3 anos de vida na comparação com as mulheres e isso ocorre porque eles não se cuidam.

“Pessoas do sexo masculino não costumam ir ao médico porque acham que são super-homens, e o câncer de próstata, quando não é detectado no início, raramente tem cura”, sustenta. O urologista recomenda que, a partir de 50 anos, todo homem deve fazer o exame periódico. Se houver histórico familiar e se a pessoa for negra ou obesa, a recomendação é procurar um urologista a partir dos 45 anos. 



Fonseca alerta que o câncer de próstata é assintomático em sua fase inicial. “O exame de toque e o PSA, feito por meio da coleta de sangue, detectam a maior parte dos tumores em fase inicial, e, nesses casos, as chances de cura são de 90%”, avisa. Segundo ele, os tumores variam entre os pouco, os medianos e os muito agressivos. “No caso de ser diagnosticado um câncer pouco agressivo, é possível pensar num tratamento inicial a partir de uma observação vigilante. Se ele é médio ou muito agressivo, o tratamento deve ser iniciado logo que é dado o diagnóstico, principalmente com cirurgia ou radioterapia”, explica. A cirurgia, assegura, é o tratamento com maior índice de cura. Quando a doença se espalha, a saída é a hormonoterapia, por meio da qual a produção de testosterona no organismo é inibida, mas isso só ocorre nas fases mais avançadas. 

Para o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e urologista do Instituto Biocor, Daniel Xavier Lima, a boa notícia é que muitos tabus já caíram no que se refere à disposição dos homens de enfrentarem seus medos e preconceitos quanto ao exame de toque, essencial para o diagnóstico da doença. “O que existe, ainda, são informações desencontradas”, garante. De acordo com ele, um estudo norte-americano sustentou que não houve redução da mortalidade por câncer de próstata em função do rastreamento. “Trata-se de um estudo isolado que, infelizmente, teve muita repercussão porque muitos médicos generalistas interpretaram que não seria mais preciso fazer os exames”, explica. Por causa disso, o próprio Ministério da Saúde retirou o exame de próstata da rotina obrigatória. Assim, a dificuldade de conscientizar as pessoas aumentou, principalmente na rede pública, onde o paciente é, em geral, menos esclarecido (ou recebe menos esclarecimentos).

“Leciono no Hospital das Clínicas e observo que os pacientes já não estão sendo encaminhados para o rastreamento. Isso vai levar, daqui a alguns anos, a um aumento no número de tumores avançados”, garante Lima. De acordo com ele, o rastreamento é responsável por 40% da redução das mortes por câncer de próstata de 1990 para cá. “Esse procedimento ficou mais popularizado a partir de meados da década de 90, com a realização do PSA e do toque. Nada pode justificar essa redução na procura a não ser a sua diminuição, até porque o número de diagnósticos aumentou”, alerta. 

Bruno Ferrari, oncologista e presidente do conselho administrativo da rede Oncoclínicas do Brasil, chama atenção para outro problema: o câncer de próstata não acomete apenas os idosos, mas é a partir dos 50 anos que sua frequência começa a aumentar. Depois da cirurgia, as duas maiores sequelas, segundo ele, são a incontinência urinária e a disfunção erétil. Ambas têm tratamento e podem ser revertidas. “São essas duas coisas que afastam o homem do diagnóstico. Mas é preciso lembrar que, quanto mais precoce é o tratamento, menos mutilante ele é.” A campanha Novembro Azul é realizada há cinco anos e, de lá para cá, de acordo com o oncologista, houve um pequeno aumento no número de diagnósticos precoces. “Precisamos envolver toda a sociedade, e não apenas os médicos. A gente vê poucos casos sobre a doença na mídia. As celebridades não aparecem morrendo de câncer de próstata”, lembra. 

Fisioterapia

Para ajudar os pacientes na recuperação durante o pós-operatório, uma das recomendações é a fisioterapia para disfunções do assoalho pélvico. De acordo com a fisioterapeuta Maria Cristina da Cruz, responsável pelo serviço no Hospital ds Clínicas, o tratamento consiste em educar o paciente sobre a forma como o corpo vai funcionar depois da cirurgia e sobre qual será o seu papel em sua própria recuperação.

Ela chama a atenção para o fato de que o tratamento difere de pessoa para pessoa. “Não adianta fazer exercícios genéricos. Para haver resultado, as contrações devem ser adequadas e os exercícios, específicos para cada caso”, lembra. De acordo com ela, além de tomar consciência da própria musculatura e de fazer os exercícios, alguns homens precisam passar pela eletroestimulação e biofeedback, que permite ao paciente visualizar a qualidade das contrações.



Não adianta fugir

» Entre 10% e 20% dos casos não são detectados pela dosagem de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares

» Fatores de risco: idade, histórico familiar, raça (maior incidência em negros), alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade

» Prevenção: não é possível evitar a doença. Mas pode-se diagnosticá-la precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%.

Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida via Saúde plena

Teia gigante surpreende moradores de Foz do Iguaçu, no Paraná

Teia gigante que encobre canteiro em Foz do Iguaçu tem cerca de seis metros de diâmetro, conta o comerciante  (Foto: Marcelo Ferreira Neri)
Teia gigante que encobre canteiro em Foz do Iguaçu tem cerca de seis metros de diâmetro, conta o comerciante (Foto: Marcelo Ferreira Neri)
Um canteiro coberto por uma teia gigante chamou a atenção do comerciante Marcelo Ferreira Neri, de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ao G1, ele contou que passeava com os filhos perto de casa na tarde de segunda-feira (3), próximo a um condomínio na região do Jardim Ipê, quando foi surpreendido. “Parecia uma rede estendida sobre o canteiro. Quando me aproximei, vi que era uma teia gigante. Fiquei surpreso. Nunca tinha visto nada parecido antes”, afirma.
Teias são feitas por espécie de aranhas sociais, diz especialista (Foto: Marcelo Ferreira Neri)Teias foram feitas por ácaro que se alimenta de
plantas, diz biólogo (Foto: Marcelo Ferreira Neri)
A teia de cerca de seis metros de diâmetro e que chamou a atenção de outros moradores da vizinhança estava cheia de pequenos insetos presos. “Não vi nenhuma aranha, mas imagino que seja uma espécie grande. A teia tomou até o meio fio. Meus filhos queriam mexer nela, mas não deixei. Não sabia se era perigoso”, lembra. Segundo Neri, próximo ao canteiro existe um bosque, um riacho e algumas propriedades rurais.
Ao ver as imagens, o biólogo e doutor em zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Janael Ricetti explicou que a teia foi feita por um tipo de ácaro, também um aracnídeo como as aranhas. "Apesar de não ser possível ver o animal que produziu a teia, tudo indica se tratar de uma espécie de ácaro que se alimenta de plantas. Eles usam a teia como proteção e abrigo. Quando há muitos ácaros juntos, a teia pode ser bem grande, como no caso dessas fotografias”, comentou ao garantir que não oferecem riscos à saúde humana.
Do G1 PR, em Foz do Iguaçu / Fabiula Wurmeister

'Espetáculo' de águas no semiárido do RN desaparece com seca histórica

Açude Gargarelhas- Acarí/RN

Açude Gargalheiras, no Seridó, tem apenas 5,6% da capacidade. 'Sangria' do reservatório atraía milhares de turistas na cidade de Acari.


O sertanejo que mora no Seridó potiguar nunca sofreu tanto com a falta de chuvas. “Minha mãe dizia que nós tínhamos um mar de água doce na porta de casa, e que jamais nos preocuparíamos com a seca. Agora, só nos resta rezar”, lamenta o agricultor Fabiano Santos. Como ele, mais de 11 mil pessoas que vivem em Acari e 44 mil em Currais Novos dependem do açude Gargalheiras, que está com 5,6% da capacidade. As prefeituras dizem que a situação é desesperadora. O Seridó é uma das regiões mais afetadas pela seca no Nordeste, e fica no semiárido do Rio Grande do Norte, conhecido pela pouca folhagem e sombra da vegetação.
Para a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a única solução é racionar. Nas duas cidades, a empresa impôs rodízios para não ter que suspender o abastecimento. Já o escritório local do Departamento de Obras Contra a Seca (Dnocs) diz que não há obras em andamento e a única coisa a fazer agora é torcer para que as chuvas venham logo. Na região, não há boas precipitações desde o início do ano. O Dnocs é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Integração Nacional e tem como papel principal executar políticas para o beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e inundações.
G1 foi ver de perto o "mar" dos seridoenses. A primeira parada foi em Acari, a pouco mais de 200 quilômetros de Natal. Eleito uma das sete maravilhas do estado em um concurso realizado por um jornal, o Gargalheiras (cujo nome oficial é açude Marechal Dutra) foi inaugurado em 1959. Ao longo de 55 anos, as águas transpuseram a parede da barragem, que tem 25 metros de altura, pelo menos 30 vezes.
A última sangria, em maio de 2011, com uma lâmina d'água de mais de 1 metro, formou uma cachoeira artificial que se tornou ponto turístico durante duas semanas. Agora a paisagem é outra. O reservatório, um dos maiores do estado, pode armazenar até 44,5 milhões de metros cúbicos de água, mas está no nível mais baixo da história (5,6%). A medição mais recente foi feita pelo Dnocs no dia 21 de outubro.
'Agora, só nos resta rezar', lamenta o agricultor Fabiano Medeiros (Foto: Anderson Barbosa/G1)'Agora, só nos resta rezar', lamenta o agricultor
Fabiano Medeiros (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Pelo tamanho do reservatório e importância econômica para toda a região, o sertanejo acreditou que os efeitos da seca haviam se tornado lembranças do passado. “A alegria do homem do campo foi embora, evaporou. Só ficou a preocupação”, afirma Francisco das Chagas Barbalho, de 59 anos.
Funcionário de carreira, ele trabalha há mais de 30 anos no escritório do Dnocs em Acari. “Na região, a última chuva considerável, cerca de 80 milímetros, caiu em janeiro. Aqui e acolá vem uma garoa, que não dá para nada. O Dnocs não tem o que fazer. É pedir a Deus um inverno bom”, acrescenta.
“A sangria do Gargalheiras é um espetáculo que atrai milhares de pessoas. Turistas movimentam a economia da cidade. A pesca se fortalece. Hoje não tem mais nada disso”, lamenta Celso Medeiros, que já presidiu a colônia de pescadores da região e agora toma conta de uma das pousadas mais tradicionais de Acari. “Há três anos aqui vivia cheio de gente. Os onze quartos da pousada estavam sempre lotados. Hoje não dá quase ninguém. Quem quer ver uma beleza dessa seca? É muito triste assim como tá”, afirma.
À dir., açude Gargalheiras em 2011, quando ainda ocorria a "sangria", a cascata artificial; à esq., nos dias atuais, sob a seca (Foto: Canindé Soares e Anderson Barbosa/G1)
À esquerda, açude Gargalheiras em 2011, quando ainda ocorria a 'sangria', a cascata artificial; à direita, nos dias atuais, sob a seca (Foto: Canindé Soares e Anderson Barbosa/G1)
Açude Gargalheiras, em Acari, tem volume d'água mais baixo da história (Foto: Fred Carvalho/G1)
José Luiz é um dos poucos pescadores que ainda arriscam a sorte em Gargalheiras (Foto: Fred Carvalho/G1)

Bahia

A tristeza de Celso é compartilhada pelo pescador José Luiz. Com 60 anos, ele nem precisa mais de canoa. Com o nível da água baixo, é possível descer pelas margens da barragem e andar pelo leito do rio. José é um dos que ainda arriscam passar horas lá e sair com poucos peixes na mão. “É necessidade. Mesmo dando muito, pouco ou quase nada, é daqui que eu tiro o sustento da minha família. Há três anos pescava até 30 quilos por dia de tilápia e camarão. Hoje nem chega a 5 quilos. Dá para comer um pouco e o resto a gente vende”, diz. Sentado numa pedra, quase embaixo da imponente parede do açude, ele deposita na fé a esperança de dias melhores: “Só Deus para nos ajudar”.
Francisco Medeiros, o Titi, mostra o pouco do camarão que conseguiu pegar (Foto: Anderson Barbosa/G1)Francisco Medeiros, o Titi, mostra o pouco do
camarão que conseguiu pegar
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
Francisco Medeiros, conhecido como Titi, tem 50 anos e diz ser um dos pescadores mais ativos da região. “Pesco desde os 12 anos, e nunca vi uma coisa tão triste assim. Mal dá para viver. Sem dinheiro, atrasam as contas de água, luz e gás. Tem o seguro do defeso, que ajuda, mas que só começa a ser pago no mês que vem. Recebemos um salário mínimo por três meses quando a pesca é proibida por causa da desova. Este ano, como está muito ruim, estão dizendo que vão pagar quatro meses. Sei não”, comenta.
Enquanto aguarda pela recuperação do Gargalheiras, ele mostra o pouco do camarão que conseguiu pegar. “Com o açude cheio, o camarão é graúdo. E dá para pegar mais de 30 quilos. Hoje só tem assim, bem miudinho. Só serve para moer e fazer linguiça de camarão. É trabalho dobrado para ganhar bem menos”, reclama.

Ficha - especial seca - Acari (RN) (Foto: G1)
Ficha - especial seca - Acari (RN) (Foto: G1)
Rodízio de água

A Prefeitura de Acari diz que busca parcerias para tentar minimizar os efeitos da estiagem. José Ari Bezerra Dantas, secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento do município, conta que desde o início da estiagem prolongada, ainda em 2012, 13 poços artesanais foram perfurados nas comunidades rurais. “Cinco poços foram perfurados pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos; os outros oito pelo Exército, por meio da Operação Pipa. Estamos tentando outros 15 poços no Dnocs”, afirma.

O secretário também destaca atuação da Operação Pipa no município, que por meio de carros-pipa retira água do Gargalheiras, leva para a central de tratamento da Caern e devolve à população abastecendo as cisternas das comunidades mais afastadas. Contudo, José Ari admite que as medidas não são suficientes. Para ele, a situação é mais preocupante do que se imagina. “É desesperadora. Pode perguntar para a Caern. Se não chover até o fim do ano, o Gargalheiras vai entrar no volume morto, que é uma água muito suja. Provavelmente será preciso intensificar o rodízio de água aqui no município”, acrescenta.
População de Acari já convive com rodízio no abastecimento de água (Foto: Fred Carvalho/G1)
Gerente do escritório da Caern em Acari, Adelson Santos concorda com o secretário. Ele explica que o rodízio implantado até o momento é de 24 horas. Enquanto metade da cidade recebe água, as bombas são fechadas para a outra parte. No dia seguinte, a situação se inverte. “É necessária. Se não fosse esse sistema, já estaríamos sem água.”
Ficha - especial seca - Currais Novos (RN) (Foto: G1)
Ainda de acordo com Santos, o chamado volume morto é o resto, quando o manancial atinge menos de 5% de sua capacidade de armazenamento. Nesta condição, a água se torna imprópria para o consumo humano em razão da mistura com a lama e demais dejetos que estão no fundo do leito. “Ainda dá para utilizar, mas daí carece de um tratamento químico mais forte. No ritmo que vem baixando o nível, as águas do Gargalheiras devem chegar ao volume morto até o fim do ano”, estima.
“Se não chover até lá, é claro que a água vai baixar ainda mais, até chegar num ponto em que o tratamento será ineficaz. Daí não vai ter outro jeito senão suspender a distribuição de água em Acari. Isso, consequentemente, afetará também todo o município de Currais Novos”, complementa o gerente da Caern.
Situação crítica e prejuízos

Para o governo do Rio Grande do Norte, esta é a pior seca dos últimos 50 anos. Dos 167 municípios do estado, 152 estão em situação de emergência por causa da estiagem prolongada. O decreto, o sétimo consecutivo desde abril de 2012, foi publicado pela governadora Rosalba Ciarlini no final do mês passado.

A Secretaria Estadual de Agricultura estima um prejuízo de R$ 4,6 bilhões para a produção agropecuária potiguar, o que representa uma redução de 56,9% na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no estado.
Açude Gargalheiras, em Acari, tem volume d'água mais baixo da história (Foto: Fred Carvalho/G1)
Rodízio de água em Acari deve ser intensificado (Foto: Fred Carvalho/G1)
Reservatórios baixos

De acordo com o decreto, a maior parte dos reservatórios localizados no estado estão com percentual de armazenamento inferior a 50% da capacidade máxima. O documento acrescenta que, desses reservatórios, há 15 açudes com armazenamento inferior a 10% da capacidade máxima. O governo reforça que a situação tem deixado a zona rural dos municípios sem água para produção agrícola e pecuária e também para consumo humano.

Relatório da Caern de 13 de agosto revelou a existência de cinco municípios com colapso no abastecimento em virtude da escassez de recursos hídricos. A previsão é que mais oito cidades possam vir a ter seus sistemas de abastecimento de água interrompidos até dezembro. Até o momento estão em colapso no abastecimento os municípios de Rodolfo Fernandes, Tenente Ananias, Paraná, Antônio Martins e Carnaúba dos Dantas. Em novembro do ano passado, o G1visitou nove cidades em colapso e constatou que, na maioria, a população precisava usar os recursos do Bolsa Família para comprar água.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) informou que os índices pluviométricos das cidades apresentam desvios negativos de até 35% abaixo da média. No decreto, o governo explica que as chuvas de inverno foram insuficientes para a formação de estoques de água potável para o suprimento da população rural nos principais reservatórios, tais como açudes, tanques, poços tubulares, barreiros e cisternas.
Do G1 RN / Anderson Barbosa e Fred Carvalho