segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cientistas afirmam que protetor solar está matando os recifes de corais que vivem próximos às praias movimentadas

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Apesar de o protetor solar ser uma importante defesa contra o câncer de pele, eles também apresentam seu lado obscuro. Como se já não bastasse os inúmeros problemas que os recifes de corais têm paracrescerem nos litorais pelo mundo, agora descobriu-se que o protetor solar usado por turistas que frequentam as praias está se tornando uma ameaça adicional aos recifes pelo mundo.
Desde o final dos anos 1990 que o uso do protetor solar se tornou um “acessório” indispensável para curtir uma praia. Mas mesmo com a evolução científica que estamos encarando, ainda não se conseguiu unir os benefícios do protetor solar à preservação do meio ambiente. Um estudo, publicado no “Archives of Environmental Contamination and Toxicology” mostrou que os protetores solares são ricos em oxibenzona (também conhecida como benzofenona-3). A oxibenzona é um componente comum de filtros solares que combina a capacidade de proteger contra os raios ultravioleta com a sua fácil absorção. Atualmente, vários problemas têm sido levantados sobre os efeitos deste produto na pele de seus usuários, mas até agora, a para os seres humanos é limitada. Certamente, os riscos são baixos em comparação com queimaduras solares e câncer de pele. No entanto, infelizmente, o mesmo não pode ser dito para os recifes de corais que têm sofrido com os efeitos dos protetores usados na pele dos banhistas.
A oxibenzona é encontrada em mais de 3.500 produtos de proteção solar em todo o mundo. Este produto químico polui recifes de corais através de banhistas que usam filtros solares e acabam tendo o produto dissolvido pela água salgada. Os pesquisadores examinaram o efeito da oxibenzona em sete espécies de corais criados em laboratório, e compararam a saúde química em recifes de corais na costa do Havaí, as Ilhas Virgens e Eilat, Israel. Os testes de laboratório mostraram que as doses de oxibenzona dispersas na água pelos banhistas eram suficientes para matar larvas de corais através da destruição do “esqueleto”, o que atrapalha sua locomoção. Os adultos, por sua vez, ficam extremamente estressados e expulsam as zooxantelas simbióticas que dão cor aos corais, causando um branqueamento dos corais, o que é sinal de perigo.
Branqueamento-de-corais
A contaminação se mostrou 100 vezes nas Ilhas Virgens americanas do que no Havaí, e ainda dentro das faixas aceitáveis, algumas espécies sofreram morte celular no laboratório. Os efeitos parecem ser piores quando combinado com outras fontes de estresse, tais como calor extremo. “Perdemos pelo menos 80% dos recifes de corais no Caribe. Qualquer pequeno esforço para reduzir a poluição oxibenzona poderia significar vida longa a um recife de corais durante um verão longo e quente, ou então, que uma área degradada se recupere “, disse o professor Craig Downs do Laboratório Ambiental Haereticus, Virginia.
Os pesquisadores não aconselham que se faça mergulho em torno dos recifes, principalmente usando filtros solares, mas eles sabem que isso não vai resolver todo o problema. “A poluição por oxibenzona ocorre predominantemente em áreas de natação e também ocorre em recifes de 8-30 quilômetros da costa”, disse o pesquisador.
Fonte: iflscience  Imagens: cuidebem/portos via Diário de Biologia

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